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Caem as folhas amareladas. Ao vivermos, passamos as folhas de um livro. O tempo lê, uma a uma, as folhas da vida. As que caem no chão, nascidas das árvores cumprem um destino. Viveram, enfeitaram, alimentaram, foram alimentadas. Devolvidas à terra voltarão como flor, folha ou fruto. Enfim, somos parte da terra de onde viemos e para onde teremos de voltar.
As folhas de um livro, passadas, lidas, compreendidas nos seus ensinamentos na sua forma, conteúdo estilo e arte, estabelecem uma grande ligação entre autor e leitor. Terão sempre vida enquanto lidos.
As folhas da vida, episódios que se desenrolam no dia a dia de cada um, representam na verdade, as folhas do tempo.
A alma é como um livro onde ficam impressos acontecimentos alegres ou tristes e que na verdade, fazem parte da realidade de cada um. As histórias nunca se repetem.
Folhas do tempo, deixamos marcas pelos caminhos. Um dia, elas serão viradas. Muitas escritas em cores ou em preto e branco.
Passarão como passam os dias. Daquilo que somos ou fomos há de ficar, por onde quer que passemos, um pouco de nós e este pouco há de ser vida novamente.
Como as folhas, também secaremos e haveremos de cair e ao pó tornar. Este pó será vida novamente, em qualquer lugar. Em cada árvore que floresça, aí estaremos modificados.
A terra consome e devolve à vida para cumprir novos ciclos.
Obs: Texto retirado do livro da autora – Do quintal para o mundo –