31 de agosto de 2009
Deixa que eu me debruce em teu coração…
Lágrimas desnudam o frio estremecido,
camadas derretidas encharcadas do orvalho…
Deixa-me explicar a experiência da demora que se faz partida…
Tempo esculpido em árvores desfolhadas,
verão em noite de abandono…
Deixa-me carregar o teu olhar na travessia amarga da dor…
Sentimentos crescem na aprendizagem do diferente,
obscura e indefinida entrega…
Silencio tuas amarguras…
Nublado passo…
Soletro nos degraus gorjeios do canto das estações que se entreolham assustados na alma povoada de sonhos…
Deixa-me dedilhar em teus lábios feridos as razões para existir,
a paixão para não desistir,
a ousadia em insistir,
o amor para prosseguir…
19.12.2004 – 19:55h (resomar)
Obs: Foto da autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
busca
autores
biblioteca