Aquela enorme pedra do penhasco desabou. Na sua queda, feriu e levou consigo fragmentos de outras que ocupavam seu caminho. Fez sua nova morada no riacho, que de imediato a acolheu.
Nova visão, para os que ali passavam se formou.
Passei a freqüentar o local, e logo tirei proveito. Sentava-me na gostosa pedra, e banhava os pés no riacho tranqüilo.
Fiz amizade com ela.
– Um dia porém, ao me aproximar, qual não foi minha desilusão – ao longe assisti sua demolição. Ela balançou, tremeu e transformou-se em milhares de pedaços, que dariam lugar a uma pequena ponte. Silenciosamente e triste, apanhei uma pedra que dela fazia parte e levei comigo. Dizia ela para mim – viu minha amiga, era grande, segura, importante e ninguém ligava pra mim. Tornei-me pequena e conquistei seu coração. Hoje moramos juntas para sempre.
Só assim pude lhe acompanhar.