João batizava no rio Jordão. O povo escutava as palavras do João Batista: “Arrependei-vos dos vossos pecados.” As pessoas que ficavam arrependidas iam até João no rio. Elas entravam na água para serem batizadas por ele. O batismo era o sinal de que estas pessoas queriam mudar as suas vidas. A entrada na água era o símbolo de que a pessoa queria que morresse a sua vida passada. A saída da água era o símbolo do seu novo nascimento. Era um símbolo do seu desejo de começar de novo.
O povo, no tempo de João, era formado de muitos pescadores e ribeirinhos. Quantas vezes Pedro e os outros apóstolos ficavam com medo quando caía um temporal em cima deles no seu barco! A água era um símbolo de perigo, da morte. Os povos também compreendiam o perigo dos lavradores e pastores de animais. Eles entendiam no verão, no tempo da seca, tudo morria por falta de chuva. Eles e os animais sofriam até o inverno e a volta das chuvas, quando podiam plantar de novo e quando os pastos se tornavam verdes outra vez.
Quando os primeiros cristãos continuaram a prática do batismo, eles entenderam muito melhor do que nós a importância deste sacramento. Eles entraram na água para morrer à sua vida passada, arrependidos do pecado e do mal. A saída da água era para eles um renascimento à Vida, à Nova Vida em Jesus Cristo. A comunidade toda estava presente para receber o novo cristão como membro e para vesti-lo numa roupa branca, que simbolizava esta Nova Vida.
Para a comunidade cristã, o batismo fazia parte da sua vida. Ela recebia novos membros pelo batismo. Este ato público simbolizava que a comunidade aceitava a responsabilidade de ensinar e cuidar do novo membro. Para o novato, o batismo era o sinal público de que ele tinha morrido à sua vida passada e que aceitou Jesus Cristo como o Senhor da sua vida. O batismo simbolizava para ele a sua libertação do Reino do Mal. E era o fato oficial pelo qual o novato havia entrado na comunidade como membro.