6 de julho de 2009
Grito de horror
Gritaste…
Voz rouca, corpo estremecendo,
Raiva, fome e dor.
Agonia da morte, ainda na vida.
Nome dos fortes,
Ternura querida,
Homem da mata
Só mata,
Matando
Quem fez a matada.
Em nome dos pobres
Teu nome manchastes
No mundo dos homens, verdade,
Vegetaste, como vegetam,
Mas, amaste.
Teu sangue vermelho
Tem o cheiro da rosa,
Teu corpo sombrio,
É a sobra do que foi liberdade.
Teu nome é nome de homem,
Tua fama por força, engasgada
Nas bocas caladas, ou garganta cortada,
Tua vida corre nas veias,
Dos homens da pátria
Almejada.
(Homenagem ao Mártir
Pe. Josimo Tavares
Belém 11/09/87)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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