A gente aprende muita coisa quando está crescendo. Quem aprende a andar de bicicleta ou como fazer um bolo nunca vai esquecer o que aprendeu. Mas, do que pomos na memória, como nas aulas da escola ou de catecismo, acabamos nos esquecendo aos poucos. Quando aprendemos o porquê de fazermos uma coisa de um jeito, normalmente continuaremos fazendo daquele jeito—como por a mesa ou trocar um pneu.
Por exemplo: uma menina notou que a sua mãe fazia dois furos na lata de óleo de cozinha. Perguntou à mãe porque e ela respondeu: “A minha mãe sempre fez assim.” Insatisfeita, a menina foi falar com a avó e perguntou: “Vovó, a senhora sempre faz dois furos na lata de óleo?” A velha respondeu: “Sim, querida.” “Por quê?” continuou a menina. “Porque o furo menor é para o ar entrar e assim o óleo sai melhor pelo furo maior,” respondeu a velha.
Como a mãe da menina, nós aprendemos o nosso catecismo e, provavelmente, aprendemos a “receber” os sacramentos, sem saber o porquê. Assim quantos pais batizam as crianças porque, na sua família, as crianças sempre foram batizadas ou para a criança não ser mais “pagã?” Comungamos na missa porque é para comungar na missa. Os noivos se casam na Igreja para que ”tenha valor com Deus.” Assim vai a vida de tantas pessoas, sérias sobre a sua fé, mas sem crescimento, sem amadurecimento na fé, como que abrindo dois furos na lata de óleo sem saber o porquê..