15 de junho de 2009
Ontem foi celebrado o dia mundial do meio ambiente. Como hoje em dia a questão do desequilíbrio do clima tornou-se um grave problema no planeta terra, praticamente em todos os países se fala na necessidade de cuidar do ambiente.
A natureza tem dado avisos e avisos de que os seres humanos não podem mais continuar com esse ritmo de vida consumista que provoca guerras para garantir petróleo, que muda as leis ambientais para garantir crescimento econômico, extrair minérios, construindo hidroelétricas, derrubando florestas e poluindo os rios.
Daí, celebrar o dia mundial do meio ambiente é um momento para cada pessoa, cada autoridade, cada organização, não só falar, nem só celebrar a beleza da água, da mata, do ar e do vento, mas tomar decisão de fazer sua parte de zelar pelo ambiente. Em Santarém a sadia ambição foi maior: autoridades e grupos organizaram uma semana inteirado meio ambiente, com panfletos bonitos, atividades variadas.Realmente impressionante.
No texto de apresentação das atividades, bem elaborado, vai se descobrir algumas contradições graves. Começa explicando o que é o movimento chamado Preá Tapajós. Foi proposta do governo do Estado do Pará, com finalidade de melhorar o cuidado com o meio ambiente. É o pólo regional da educação ambiental do Tapajós.
E aí, a contradição. O governo estadual cria o Preá Tapajós e nestes últimos meses cria e aprova a lei do zoneamento econômico ecológico do Oeste do Pará. Tal lei vem oficializar a grilagem de terras na região.E legaliza a devastação das matas, que prejudica o meio ambiente e os povos da região. Basta ler atentamente os artigos 08 e 10, especificamente.
Também o governo Estadual apóia a construção de várias hidroelétricas pelo governo federal na Amazônia, inclusive várias no Rio Tapajós.
Ora, como pode o governo dizer uma coisa e fazer outra bem diferente? Propor educação ambiental e ao mesmo tempo patrocinar a destruição ambiental? Façam o que eu digo e não façam o que eu faço, pode? E ainda há pessoas supostamente inteligentes que justificam essas atividades prejudiciais às culturas amazônicas, tudo em nome do progresso. Haja oportunismo e subserviência.
Obs: O texto acima foi escrito no dia 06.06.2009
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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