23 de junho de 2009
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Não vou mentir e dizer que não fiquei triste com a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF na última quarta-feira (17).
O dia não tinha sido fácil e confesso que chorei no final da noite.
Meus sentimentos oscilaram entre raiva e frustração.
Fiquei tentando entender como seriam as coisas dali pra frente.
Hoje parando para analisar, depois de dezenas de textos lidos sobre o assunto, depois de diversos comentários eu prefiro o meio-termo.
Gilmar Mendes não soube usar as palavras certas para expressar sua opinião.
Posso considerá-lo um vacilão ou ainda um burro, isso vai depender do modo como prefiro analisá-lo.
No fundo a decisão do STF era previsível.
Os políticos estão no olho do furacão, viraram a Geni da imprensa.
Teríamos nós, jornalistas, cutucado as ‘onças’ com vara curta?
Seria a queda do diploma uma tentativa para desanimar e desestabilizar os profissionais?
O fato é que derrubando uma conquista histórica que foi o diploma, os senhores ministros só fizeram aflorar ainda mais a gana que nos move.
Nós jornalistas somos movidos pela contradição. Contrariar-nos e aguçar nossos sentidos. O que será visto daqui pra frente é um novo jornalismo (bom e ruim).
A queda da obrigatoriedade do diploma abriu portas. O meio agora será multifacetado. As opiniões mais dispersas.
Quando se agregam pessoas diferentes, agregam-se valores e novas idéias.
O novo nesse ponto é bem-vindo.
Mesmo que existam desvantagens, no fim vai prevalecer à recíproca ‘Só os mais fortes predominam’.
Não afirmo que haverá uma guerra nos bastidores. O fato é que os sensacionalistas de plantão, os pseudo-jornalistas podem até ganhar um lugar ao sol, mas no fim aquele que souber ser verdadeiro ao expressar a informação irá se sobressair.
Aos colegas que já atuam na área … vocês são uns vencedores. Mesmo na adversidade não se deixaram desanimar e nem a peteca cair.
Aos novos profissionais que se encantaram pela profissão … não é nada fácil, mas saibam que é estimulante.
Aos meus colegas de faculdade … não perdemos 4 anos, aprendemos a ser pessoas melhores no trato da notícia.
Aos que já são formados, a vida é um constante aprendizado, cada pessoa é única, assim também é cada jornalista. Vocês são detentores de um conhecimento que nem todos tiveram acesso.
Com diploma ou sem diploma para ser jornalista é preciso ter instinto.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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