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Sou aquela afável chama
Descolorida e nua
Em ânsias de ser pura
Em ânsias de morrer.
O que me resta então?
Iluminar numa manhã escura
O teu olhar que muito me alimenta
E me dá forças, meu Deus!
Não deixes de fitar-me um só momento
Não deixes que eu me apague
Enquanto o brilho
Vem mais de ti do que de mim.
Sou uma sonâmbula.
À procura de quê?
Não sei. Talvez de nada.

 

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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