12 de maio de 2009
E o porco paga injustamente por causa da gripe. O porco que já é considerado animal símbolo do mal, do sujo, agora lhe é atribuída pelos meios de comunicação, Maria vai com as outras, a causa da nova doença globalizada. E cria-se mais um pânico nas populações. Mas, afinal, é ou não gripe suína? Não exatamente!
É uma doença provocada pelas grandes indústrias de alimentos para animais, assim como foi o mal da vaca louca na Europa, alguns anos atrás. A preocupação dos grandes criadores de porcos com o crescimento acelerado, com a diminuição de gorduras, ou o seu aumento, contribuiu com as indústrias de ração, que fazem balanceamento de químicos, ingredientes exóticos à vida dos porcos de granja, que são submetidos aos interesses de seus criadores. E aí, estourou a doença que está causando pânico em muitos lugares do planeta.
O maior surto da doença está nos USA e nos países visinhos, Canadá e México, onde há grandes criatórios de porcos industrializados com rações manipuladas. Portanto, a doença deveria ser chamada de gripe das indústrias de ração para porcos e não como boa parte dos meios de comunicação social submissos, andam dizendo.
Há riscos de a doença chegar à Amazônia? Até que há, mas não por causa dos porcos de quintal, e o risco é bem menor do que falam as notícias. Mais graves e que menos são faladas pelos meios de comunicação, são a dengue, o calazar e a malária. Estes sim, são males que continuam causando vítimas diariamente na região. Mas como é na Amazônia e não começou ontem, as notícias são comuns, não despertam interesse nos governos e nos jornais, TVs e Rádios. No entanto, para as populações da Amazônia, estas doenças merecem maior atenção dos meios e das autoridades. Para a gripe globalizada logo surgiu vacina, já para a malária da África e da Amazônia ainda não descobriram vacina. Portanto, por trás do pobre porco estão escondidas as multinacionais, indústrias de ração animal. Estas sim, são pragas modernas!
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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