São exatamente 58 anos passados. Hoje 7 de junho de 2008. O início de uma dor tão grande, tão profunda e tão sem entendimento para mim criança. Dizem os entendidos, que eu me pareço muito com você, acho também. Gosto que seja assim.
Seu primeiro marido foi Antônio Moura; o meu também. Que coincidência! O seu acrescentou Vasconcelos e o meu Pires.
Pois é mamãe, você não conheceu meus filhos e isto para mim foi a minha maior tortura! Você que amava tanto crianças, não conhecer seus netos. Você se fez tão presente em minha vida, que às vezes sentia perto de mim sua presença – vai aí o meu consolo!
Tudo que vem de Deus é bom, é bem vindo e bem feito. Acho que ele preparou para nós um encontro maravilhoso! Vamos ter fé e aguardar só mais um pouco.
Você com 50 anos, papai com 40 e eu com 70 – que coisa engraçada! Como será mesmo? Ou será que isso não conta?
Vamos ter tempo de sobra para colocar a prosa e os acontecimentos em dia. Como você cantava – tão longe de mim, distante, aonde irá, aonde irá teu pensamento. Às vezes, imagino um céu muito particular, só nosso. Às vezes acho que não pode ser assim. Ordens do alto. Vamos lá – você me deu a vida, e eu vivenciei maravilhosamente, hoje retorno o entrego a Ele todo o resto…
Até breve mamãe.