5 de maio de 2009
Não, não adianta fechar a porta. Estarei sempre do outro lado à espera do teu sorriso. Não quero perturbar um silêncio que não me pertence. O meu, está cheio de ti, das tuas alegrias, tristezas voltas e revoltas.
Se num dia me abraças, no outro me prendes atrás de uma porta. Não quero ver no teu rosto esta máscara que te transforma num ser estranho e amargurado. Por que fazes isto contigo mesma? As portas que fechas, apagam o teu sorriso. Diante delas tenho apenas medo.
Medo de saber que estás do outro lado do sol e do vento, trocando a suavidade de um Noturno de Chopin, pelos gemido dolorosos de dobradiças enferrujadas.
Tenho medo de saber que esmagas com tua indiferença, um amor que te pertence e que agoniza a cada porta fechada.
Ninguém é dono do mundo nem dos sentimentos alheios.
Ninguém é dono do mundo nem dos sentimentos alheios.
Precisas aprender a compreender e perdoar.
Não demores, muito. Abre esta porta. Livra-te dos rancores e das dores que não podes curar sozinha nas noites longas, nas madrugadas vazias.
Amanhã, quando avistarmos o sol, já não sereremos as mesmas.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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