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Na voz do sino morre o silêncio. No apito da fábrica a voz do homem. Invasão de um mundo perturbado. O homem precisa dormir para sobreviver.
Dezembro das festas, das ruas, dos sons e das cores. Barracas, roda gigante, carrossel e barquinhos. O mundo árvore de Natal. As chuvas finas de novembro, caíam, dizia a mãe, para vestir o mundo para as festas. O presépio, a praça. Santos vestidos de gente. Gente com cara de santo espera a missa.
Entre as barracas e os brinquedos do parque eu esperava, esperava sempre. Se me perguntassem o quê eu não sabia. Desejava ser gente grande para deixar de esperar.
Noite feliz… noite feliz, o som caia da torre no meio da praça, nos meus ouvidos, no coração. Escreveu por linhas certas, certas lembranças. Até hoje não consigo apagá-las. Noite feliz…
Quis dar um presente a minha mãe. Dar o quê, se eu não tinha nada? No jardim de d. Argentina havia rosas. Minha mãe gostava de rosas e esperava a missa. O mundo inteiro esperava.


Obs: Texto retirado do livro da autora – Memórias do Vento.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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