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Até a realização do Concílio, parece que a compreensão que se tinha de educação católica se confundia ainda com a escola confessional. Esta afirmação se fundamenta no fato de que o documento preparatório chamava-se escolas católicas. No entanto, o próprio Concílio corrigiu este equívoco ao modificar o título para educação cristã. Kloppenburg(1964) e Vasconcellos(1966) já observavam, nesta época, que educação e escola não se identificam e que a escola católica não é o único meio de educação cristã. Ao traçar a finalidade da educação, o Concílio assim se expressa: “a autêntica educação no entanto, visa o aprimoramento da pessoa humana em relação a seu fim último e ao bem das sociedades de que o homem é membro, e em cujas tarefas, uma vez adulto, terá que participar. (…) Há de dar assistência às crianças e aos jovens para desenvolverem harmoniosamente seus dotes físicos, morais e intelectuais, para adquirirem gradativamente um senso mais perfeito de responsabilidade, que há de ser retamente desenvolvido na própria existência por contínuo esforço e verdadeira liberdade, superados os obstáculos com generosidade e constância”. Nisto o Concílio foi grandioso pois ao conceituar educação visou o crescimento da pessoa e da comunidade onde ela se insere. No entanto, ao definir educação cristã, confunde a ação de educar com a ação de evangelizar: “educação essa que não visa apenas à madureza da pessoa humana acima descrita, mas objetiva em primeiro lugar que os batizados sejam gradativamente introduzidos no conhecimento do mistério da salvação e se tornem de dia para dia mais cônscios do dom recebido da fé; aprendam a adorar a Deus Pai em espírito e verdade, sobretudo na ação litúrgica; sejam treinados (conformentur) a orientar a própria vida segundo o homem novo na justiça e santidade da verdade; assim pois cheguem a constituir o homem perfeito, na força da idade que realiza a plenitude de Cristo e cooperam para o crescimento do corpo místico. Habituem-se(…) a contribuir para a transformação cristã do mundo na qual os valores naturais sejam assumidos na visão completa do homem redimido por Cristo e contribuam para o bem de toda a sociedade”

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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