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Final do ano se anunciava, cada dia percebia a inspiração para escrever dar os últimos suspiros, assim como morria o ano, findava a inspiração. Ficava triste pelas mortes anunciadas.
Não gosto de pensar para escrever, gosto quando ao ler o outro penso e o escrever sai me reescrevendo.
Último dia do ano, perdida em mim por não me obedecer. Não respeito algumas ordens que me dou, e na desordem da minha emoção que me liga a emoção do outro, ao escrever de forma poética, sentida, dolorida, questionadora, sigo os passos do caminhar alheio. Sem comando de mim que me guia ao caminho do outro, por estradas enfeitadas de palavras coloridas, pintadas com interrogações pretas luminosas que sinalizam o abismo onde a alma se esconde para não deixar o amor tocá-la e a vida viver. Nessa corda feita de frases bem elaboradas, desço por mim, acordo o “eu”, e as palavras borbulhando vão subindo do meu meio e caindo pelos poros. Entre sorrisos molhados, abraço as minhas palavras que reencontrei nas palavras do outro, que gritavam me chamando, fazendo com eu não me obedecesse. Continuo nessa viagem…….