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Explodiu.
Havia no ar,
Quando explodiu
Um cheiro de gatos selvagens.

Não confessarei
Nesta manhã
De girassóis angustiados
Minha perene culpa.

Porque não dissesse nada,
Porque eu lhe dissesse tudo,
Vi lâminas de fogo pelo ar
Um caudaloso rio de esperanças,
Um vento que soprava amarguras.

Os seus olhos, de uma pureza infinita
Suas mãos eram vagas e inquietas
Uma dor que não sei de onde vinha,
Atrelada em corcéis de puro assombro.

Agora, está tudo quieto.
Sua cabeça repousa no meu ombro,
E um discreto soluço
Molha o meu peito,
Ela volta a ser criança novamente.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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