Assistimos estarrecidos à dissolução da família brasileira. Como se não bastassem os altos índices de divórcio – que, dizem, já chegam a 25% dos casamentos – e os maus exemplos das chamadas “celebridades” do meio artístico, surgem agora ataques à família, oriundos do poder público, no ensino e no comportamento.
No Paraná – informa uma revista de circulação nacional – um pai pretende processar na justiça uma escola pública por três violações do Estatuto da Criança e do Adolescente. São os itens: a) com o pretexto de educação sexual, a exibição em sala de aula para adolescentes, de 11 e 12 anos, de material pornográfico, ou seja, uma réplica em borracha do órgão masculino em situação especial, para ensinar sua função e explicar o emprego de preservativos; b) explanação do uso da maldita camisinha para alunos adolescentes, que não é outra coisa senão o incentivo à prática discriminada do sexo; c) ensino a menores de matéria fora do conteúdo didático, sem prévia autorização dos pais.
Na área trabalhista, há um e-mail na internet com o curioso título “Falado, não se acredita”. E trata-se da transcrição autêntica – diz-se – do comunicado do Ministério do Trabalho, ensinando o que deve alguém fazer para praticar a profissão de prostituta. O site, que é dado com precisão, forneceria instruções para quem desejar seguir a chamada “mais antiga das profissões” com minuciosos detalhes, tais como: a veste deve usar, a maneira eficaz de abordar o cliente, os pontos e horários preferidos, e assim por diante.
Estamos realmente diante de fatos aterradores nestas vésperas do Santo Natal. Vamos pensar em Jesus e na família.
Natal é a festa do Menino, que é Deus entre nós. É a festa de Jesus – não esqueçamos, nem troquemos por outro. É a festa do amor, da paz, da reconciliação dos corações. É a festa da santa família da gruta de Belém.
É a festa da alegria, celebrada em família, na simplicidade e no afeto, que une os corações. É a festa com Jesus e Maria presentes, como nas bodas de Caná.
(*) É arcebispo emérito de Maceió