Diz um ditado assim – quem quer vai, quem não quer fica esperando. E sabe que é mesmo?! Quando se ouve tal afirmação de que a nova universidade do Oeste do Pará só depende dos deputados federais para ser criada, se está diante de uma meia verdade. Depende menos deles do que da sociedade da região, especialmente pais de família e juventude.
Que se saiba não há nenhum grupo de pais e de jovens universitários e pré-universitários e até de ensino fundamental lá em Brasília pressionando os deputados e senadores para apressarem a criação da UFOPA. Qual é o pai e a mãe que não sonha ver seus filhos um dia formados em uma universidade de verdade? Qual é o jovem que não deseja concluir seu bacharelato e fazer seu mestrado?
Mas hoje estão de braços cruzados, os jovens entrando no terrível funil do vestibular que deixa passar 10 mil, mas deixa chorando 30 mil jovens cada ano que tentaram entrar na universidade e não conseguiram.
A construção da nova universidade está nas mãos de um grupinho de professores, uns nem são daqui da região, outros já estão com a vida ganha, aposentados e outros ainda dão a impressão de concordar com os de fora, não parecem defender suas idéias com convicção.
O governo federal, justiça se faça, tem interesse em criar a UFOPA, já canalisou recurso financeiro, mas agora depende da aprovação do congresso nacional para constituir juridicamente a universidade. Porém, o projeto vai de um gabinete para outro, de uma comissão para outra lá no Congresso nacional e o tempo passa. Como os filhos dos políticos já têm garantia de entrar nas melhores universidades do país, eles não têm pressa em acelerar a criação da UFOPA.
Nem mesmo os deputados paraenses mostram tanto interesse na questão. Tanto é que não houve nenhum deles chegando em Santarém, ou Itaituba, ou Ruropólis, ou qualquer cidade do Oeste do Pará a convocar a juventude para levar até Brasília para pressionar os políticos, afinal eles tem dinheiro para custear viagens e hospedagem de uma equipe representativa. Mas, nem eles, nem a sociedade da região revelam interesse. Esperam como mendigos pela decisão dos políticos que não vem, quem não tem. Do jeito em que a coisa anda ao final surgirá mais uma versidadezinha para formar mão de obra para as grandes empresas aqui instaladas…