Malu Nogueira 19 de fevereiro de 2009


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A vida é composta de desafios, sonhos e muitas decisões a cada passada que o homem completa, em cada segundo de sua existência. Por isso, o que fez ontem não carrega mais tanta emoção, como a decisão que há um ano tomei, junto ao meu marido, de transformar um sonho em realidade.
Hoje, emocionada percebo que, plantar atitudes renovadoras, semear vidas nos corações emperdenidos e fechados é tarefa deveras ousada, uma vez que poucos deixam cair a máscara da indiferença e não desejam plantar sementes em terra batida, reformar a vida, a partir da rebentação, selecionar o melhor, consertar o defeituoso, irrigar o corpo e colher no futuro a vida que se abriu e superou as intempéries de cada momento.
E assim, hoje, outubro de 2008, olhando o futuro traçado nesse terreno de forma triangular, refaço a frase do Presidente Juscelino Kubitschek, em outubro de 1956, na planície central do Brasil e digo que neste planalto, pólo de várias cidades, nascidas as margens do Rio Pajeú, nesse descampado, ora cheio de gravetos, pedras e jurema preta, nos riscos deixados no solo seco, que representam o esboço de um projeto arquitetônico, que se transformará pelas mãos de pedreiros e obreiros, na construção que abrigará vidas humanas que se iniciam, e vidas iniciadas nesse torrão áspero. Coloco minha confiança nas mãos do meu próximo, na certeza que Deus, quando resolveu mudar essa terra, escolheu nossos corações para iniciar essa mudança.
E, abarcando com o olhar toda essa quietude, prevejo imensas mudanças, muito rebuliço, muita algazarra infantil, com transformações que marcarão nova postura de comportamento, no exemplo de cidadania e desprendimento, que hoje plantamos nessa terra, alumiada por esse sol, sentinela indormida e que em cada alvorada que chega, traz a esperança e fé para os homens que abrem seus corações, com uma vontade inquebrantável de ajudar, por ser um povo arguto, que não encontra limites para a realização dos seus ideais.
Eu deposito meus sonhos num amanhecer fecundo e mais igualitário.
Rumo ao futuro, com a verdade espalhada na alma, qual pétala de flor lançada nessa breve passagem de vida e sem ponto para acabar, mas com intervalos cadenciados nas vírgulas que acolhem as decisões, seguiremos em busca de grandes realizações, porque não é proibido sonhar. Temos firmeza e a certeza de que o sonho não é grande; grandes somos nós que carregamos no coração a semente da vida.
Viver é plantar, assim diz o poeta e, embalados de emoção, concluímos que vale a luta para mudar destinos, acabar com as desigualdades sociais, explodir a letargia e o descaso de pessoas que tentam ignorar a força dos nossos sonhos.
Viver é sonhar e eu tenho grandes sonhos!

( 19/10/2008).

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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