Edilberto Sena 7 de fevereiro de 2009


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Civilidade, educação, cidadania são palavras carregadas de significado que indicam o grau de amadurecimento de uma pessoa e de uma sociedade.

O cidadão é aquele que tem consciência de que não está só no mundo e que sua liberdade depende de respeitar a liberdade do outro, que seus direitos dependem de ter os direitos dos outros respeitados. Educação não é só instrução, mas mais do que isso é ter o sentido da solidariedade para com todos os outros.

O cuidado com o lixo em casa ou na rua, uma calçada de residência que pensa na facilidade de trânsito dos passantes, a participação na associação de moradores da comunidade, são alguns sinais de uma pessoa civilizada, educada e cidadã.
Um caso bem ilustrativo da presença ou ausência de cidadania: o cuidado com a manutenção do micro sistema de água de uma comunidade. A lógica da cidadania é que todos os usuários paguem sua cota de responsabilidade; já a lógica do egoísta mal educado e explorador é não pagar sua cota de responsabilidade.

É a chamada consciência de rato. Quando um ou mais consciência de rato são desleais é a comunidade toda que sofre as conseqüências, como esta acontecendo com a comunidade, cuja divida de energia elétrica do micro sistema chega a mais de 20 mil reais.

Na lei de Talião de que fala a Bíblia, do olho por olho e dente por dente, o correto seria não pagou sua cota, desliga a tubulação e a pessoa fica sem água. Mas o egoísta, não cidadão ainda vai se encher de direito, caso venham a cortar o seu fornecimento de água.

Se o egoísmo é a marca mais triste da pessoa, a solidariedade é um dos sinais mais elevados da humanização. A sociedade avança na medida em que mais pessoas são solidárias com os outros.

São cidadãos, Maratma Gandi, Nelson Mandela. São símbolos de humanidade cidadã, assim como um ou outro presidente de associação de moradores que sacrifica parte do seu tempo para servir ao bem comum, mesmo sem ganhar dinheiro. Civilidade é isso!

A cada dia cresce o sentimento de egoísmo e a ganância em elevar os lucros. Tudo vale! Derrubar arvores, poluir rios, matar animais e deixar pessoas com fome. O mundo do consumismo quer mais e mais, e para isso não pensa no ser humano. O fato mais recente agora, é o caso dos pecuaristas do Maranhão, que querem excluir o estado da Amazônia Legal para poder derrubarem mais arvores e aumentar suas riquezas. Cegos não percebem as conseqüências que o homem já está sofrendo por destruir o meio ambiente. Estão tão alienados pelo lucro fácil que não vêem as milhares de famílias que estão desabrigas em alguns estados brasileiros por conta da força das chuvas. Nesses lugares são poucas as arvores. O governo Federal até que almeja plantar um bilhão de arvores. Proposta que ganhou muitos adeptos e poucas ações. Até o momento não se noticio o plantio de arvores, previstas no projeto do governo Federal. O que se tem visto são acordos com destruidores do meio ambiente. E como se não bastasse a proposta absurda dos pecuarista do Maranhão, o governo ainda pretende aumentar a concessão de florestas públicas. Entregar na mão de criminosos a maior riqueza do planeta. Se nada for feito agora para garantir a sobrevivência do planeta (arvores, animais e homens) de nada bastará as lagrimas que vierem no futuro.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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