Pouco a pouco surgem sinais de que, ou cuidamos da natureza, ou nos destruímos a todos. Quando Deus arrumou o planeta e entregou aos seres humanos para cuidar dele e usufruir seus frutos, ele depositou responsabilidades, por isso criou os seres humanos com raciocínio e liberdade. Ele deu inteligência e raciocínio para que se aprendesse com a própria experiência e senso de bem comum a cuidar da mãe natureza.
Infelizmente, muitas vezes os grupos humanos deixam de usar a consciência ética, agem por ambição e mesquinhez e só tarde descobrem que a natureza reage quando maltratada.
O desmatamento nas regiões de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e outros municípios tem já causado mudanças no clima e também na falta de frutos na floresta, no êxodo rural e aumento de bairros desorganizados nas cidades. Mas nem tudo é pessimismo, também já se percebe sinais de tomada de consciência ecológica em certos grupos humanos.
Na cidade de Santarém, banhada por dois grandes rios e vários igarapés, já há sinais de vida em grupos que tentam evitar mais estragos além dos causados nos igarapés. Não só na defesa do lago do Mapiri e do Papucu, mas também nos igarapés do Urumari, no Santo André, no bairro Vitória Régia e Nova República.
Antes tarde do que nunca. O caso mais recente do igarapé do Maicá também pode ser sinal de vida. A luta não pode ser por que o igarapé é de um grupo e não de outro, mas é de todos e deve ser zelado por todos.
Infelizmente ainda faltam grupos conscientes para cuidar dos igarapés do Irurá, Rocha Negra, Cucurunã, São Brás e tantos outros da região, que já foram cristalinos e hoje estão poluídos. Quando um mesquinho espírito de porco aterra ou derruba árvores à beira de um igarapé em qualquer local deve ser denunciado e punido por que está atingindo um bem de todos.
Os índios tinham plena consciência de que a água é sagrada, por isso cada rio e igarapé tinha seu protetor que punia os malvados. Hoje, a mãe dos igarapés os defendem, denunciando os perversos que prejudicam a natureza.