Edilberto Sena 31 de janeiro de 2009

 

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Encerrou ontem o terceiro Fórum Mundial de teologia, com uma variedade de temas pastorais, espirituais e teológicos discutidos por diversos representantes de Igrejas, religiões e estudiosos da ciência da religião.

Chamou a atenção de alguns leigos participantes, a quase total ausência de padres das várias dioceses dos Estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Amapá. Mesmo de Belém, onde ocorreu o evento apenas dois padres diocesanos se fizeram presente, mas os religiosos em maior número participaram. De Santarém apenas dois padres diocesanos compareceram e dois religiosos. Já de outras regiões vieram vários padres, também muitas religiosas estavam atentas ao que ouvia e debatiam. Os leigos foram maioria. De grande e famoso teólogo estava Leonardo Boff.

Vieram bastante membros de outras igrejas e religiões, havia protestantes, budistas e religiões afro e indígenas. Não houve concorrência de quem é mais próximo da verdade, todos escutavam atentamente os testemunhos e reflexões.

Depois de amanhã começa o Fórum Social Mundial, com a presença esperada de 100 mil pessoas, de cerca de 130 países, incluindo 30 mil jovens e dois mil e quinhentos indígenas e povos originários de várias partes do mundo. São pessoas idealistas e lutadoras por um novo mundo possível.

Embora estejam confirmando a presença de 5 presidentes de repúblicas da América do Sul, certamente não permanecerão os cinco dias de debates, vêm apenas dizer que apóiam esse movimento, embora nem todos sigam os anseios dos que constroem o Fórum. Alguns até que estão tentando, como o presidente da Bolívia. Não são convidados a dar conferências, nem sentarão às mesas de debate, o que é uma pena, pois poderiam aprender bastante coisas que levarão ao mundo novo, com ou sem eles.

Mas o que mesmo deseja a coordenação compartilhada do Fórum Social Mundial? Primeiro quer colocar frente a frente pessoas e organizações que desejam e lutam pra transformar suas comunidades, seus países e o mundo. Um mundo onde as pessoas valham mais do que o lucro, onde o desenvolvimento humano prevaleça sobre o crescimento econômico de poucos.

Há lutadores dedicados na África, na Ásia, na Oceania, na Europa e até nos Estados Unidos da América do Norte. Há lutadores corajosos no México, no Peru, na Bolívia, Equador e no Brasil. São pessoas e organizações generosas que crêem que se pode mudar o modo de se conviver no mundo. Isto em Roraima, no Acre, aqui no Baixo Amazonas, como em Juruti velho, em Santa Maria do Uruará, em Itaituba e na cidade de Santarém.

Neste compartilhamento de experiências de luta, um grupo fortalece o outro e assim o Fórum Social Mundial cumpre sua missão. Pena que muitos ignorem ou deixem de lado tal espaço de vida.

Obs: O texto foi escrito no dia 26.01.2009

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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