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Ordenar o trânsito nas ruas de cidades e rodovias na Amazônia é difícil por falta de educação de trânsito na população, pela quantidade de veículos e pedestres transitando sem muito ordenamento e pela falta de cuidados do poder público. Imagine-se então o desafio de ordenar o trânsito fluvial. São centenas de comunidades que dependem do barco para se locomover nesta região. Todas elas ribeirinhas.

São mais de 5 mil barcos, barquinhos, rabetas, canoas, voadeiras circulando pelos rios, lagos e até igarapés. A Capitânia dos Portos tenta colocar ordem, ameaça os desobedientes, mas como evitar o transporte de inflamáveis nos barcos, se os ribeirinhos precisam do querosene, do óleo diesel e da gasolina? Mesmo que houvesse dez barcos distribuidores de combustível, não atenderiam a todas as necessidades de tantas famílias morando rio acima e rio abaixo.

Como evitar o excesso de passageiros, se para vários lugares só há um barco e todos os passageiros querem viajar, por que têm compromissos lá adiante? Além disso, os comandantes de barcos dizem que se em alguns dias os barcos andam lotados, em outros dias andam vazios e dão prejuizo financeiro. E agora com a lei de direitos dos idosos, eles também querem viajar e sem pagar, como é seu direito.

Como ordenar o transporte fluvial, respeitando o direito de todos viajarem, respeitando as leis de proteção à vida humana e as leis ambientais? Até agora a Capitania dos Portos ainda não apresentou uma proposta que respeite os direitos de todos, os que servem e os que são servidos. E o problema vai ficar mais intenso e confuso, já que cresce a população e cresce o número de barcos, barquinhos e rabetas. Como botar ordem nesse quase caos? Não está fácil, mas um outro mundo é possível.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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