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Há um artigo na constituição federal que afirma – “todos são iguais perante a lei”. Na carta magna, como falam os eruditos, está escrito, é verdade. Mas na prática diária são outros quinhentos.

Na semana passada chegou um grupo de pais e mães de família, um pouco desesperados, buscando orientações e apoio jurídico. Eram líderes dos produtores de carvão vegetal, proibidos pelo IBAMA, de continuar com seus fornos de carvoaria. Sua fonte de renda fora proibida pelo órgão ambiental federal, cioso de cumprir as leis da nação, embora tivessem os carvoeiros um acordo com o – ISAN, para continuar seu trabalho de modo mais ordenado.

Reconhecem que seu trabalho gera fumaça e poluição ambiental, mas que fazer se é seu único ramo de geração de renda? O IBAMA está certo? Está, será que está?! Mas, se pergunta – é por que o IBAMA não embarga várias serrarias dentro da cidade, que poluem muito mais, com a fumaça e serragem do que as carvoarias? E as olarias dentro da cidade que também geram poluição ambiental? E o matadouro de frangos dentro da cidade que também gera poluição ambiental? Estarão todos esses poluidores cumprindo as leis ambientais?

Por que o IBAMA age com rigor com os pobres carvoeiros e fecha os olhos aos grandes poluidores ambientais da cidade? Onde está a justiça do IBAMA? Por que dois pesos e medidas diferentes?

Quando será que a cidade de Santarém terá um cuidado mais completo com seu ambiente? Se todos são iguais perante a lei, porque o IBAMA pune os pobres carvoeiros e permite outros poluidores continuarem livres? Se eles têm alguma licença As várias perguntas chegam porque a injusta punição rigorosa sobre os carvoeiros dá impressão de dois pesos e duas medidas desiguais.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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