resomar 27 de dezembro de 2008

Nasci nos mangues…
Senti a marca escura e pegajosa da separação e da opressão injusta…
O barro fragmentado pela violência da invasão
me abrigava das ventanias infiltradas em meu corpo frágil e indefeso…

Nasci nas pontes abandonadas atravessando fronteiras,
insinuando compromissos…
Toco a melodia de ação de graças pela Vida…
Repouso o coração na ternura de mãos e na ousadia de lutar…

Nasci na escuridão das madrugadas bebendo do cálice amargo e sufocado…
Tormentos da solidão…

Nasci na brutal e persistente corrida desigual pela sobrevivência…
Nasci para ser sinal de contradição…

Questiono a tua inserção na caminhada,
no anúncio e na (re)construção do reino…

Transforma a dor e aflição dos que perambulam pelas encostas…
Renova a força dos que pararam na metade do caminho…
Na travessia dos opostos a exigência da entrega,
ousadia amorosa de ser…

28.11.2003

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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