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60 anos atrás, num dia como hoje, vários presidentes, ministros, reis e rainhas do mundo se reuniram e declararam que os seres humanos tinham alguns direitos que deviam ser respeitados em qualquer lugar do planeta. O primeiro dos direitos é o direito à vida. Essa declaração universal dos direitos humanos surgiu sobre o sangue derramado e vidas exterminadas de milhões de pessoas durante a 2ª grande guerra mundial. Isto é, a maioria dos assassinos, fazendo de conta que choravam arrependidos os milhões de mortes da guerra, declarava que dali em diante não se podia mais fazer guerras, nem explorar os mais pobres.
60 anos depois daquela declaração universal, no dia de seu aniversário, a organização das Nações Unidas, autora da famosa declaração, decide prestar homenagem a duas mulheres assassinadas por que lutaram pelos direitos humanos de seus povos. Uma delas, a irmã Doroty, assassinada em 2005 no Estado do Pará, a outra, Benazir Buto do Paquistão. Grande homenagem! Pode se imaginar irmã Doroty, lá no céu, ao lado de Mahatma Gandhi; de Luther King, de tantos outros seres humanos tombados e assassinados por que acreditaram nos direitos humanos de seus próximos.
O que estará dizendo Irmã Doroty aos atuais dirigentes da ONU que lhe prestam homenagem? Certamente ela deve estar sorrindo e dizendo – Srs. chefes de Estado, eu estou feliz aqui no céu, mas meus pobres de Anapú continuam sofrendo. A melhor homenagem que me fazem é pressionarem a justiça do Pará e do Brasil a cumprirem a declaração dos direitos humanos, pressionem o governo brasileiro a realizar a reforma agrária de acordo com os direitos humanos, exijam do governo brasileiro que seja coerente e respeite a Amazônia e seus povos, especialmente tenham coragem de pressionar os ministros de STF brasileiro a respeitarem os direitos dos povos indígenas de Roraima e do Brasil todo. Sem isso, dona ONU, sua homenagem a mim não tem valor. Palavras, palavras não ressuscitam mortos. De boas intenções e comoventes discursos o inferno está bem calçado.