Paula Barros 18 de novembro de 2008

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Ele me lembrou um artesão
Paciente, habilidoso, talentoso
Me lembrou uma tapeçaria
Aos poucos vai bordando
Ponto a ponto
Ele possui uma aquarela de linhas coloridas
O primeiro ponto foi no coração
Estancou o sangue que escorria
Com mais um ponto fez o coração
Respirar aliviado
Depois deu mais dois pontos
Um em cada lado dos lábios
Me deixou sorrindo
Calmamente, com muita destreza e maturidade
Deu um ponto luminoso em cada olho
Os olhos reluzem, faíscam
Esse artesão, tem sido inteligente, perspicaz, sensível
Esta bordando tão calmamente
Que não tem me assustado
Cada ponto é dado com tanta tranqüilidade
Que me deixa em paz

Você artesão, continua bordando a minha alma.
Só você destrói o que você já bordou.

Obs: Imagem enviada pela autora:
Esse quadro foi feito por minha mãe. É uma tapeçaria, feita em ponto de cruz. Quando escrevi o texto lembrei do quadro. Por ser uma tapeçaria. Por ter levado tempo. Ter sido preciso paciência. E por tudo que o texto diz. E principalmente, porque a fé do artesão me impressiona

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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