1 de novembro de 2008
Por quem os sinos dobram?
Dobram pela esperança perdida,
Na saudade dos entes queridos que partiram.
Dobram na esquina onde sombras se esquivam do luar.
Dobram na noite que chega trazendo sossego
Para aqueles que buscam consolo na ante-sala da solidão.
Dobram para a vida que veio e se foi,
Qual regaço de um córrego,
Que secou nas encostas desprotegidas pelo tempo,
Dobram pelo passado, limpo de lembranças.
Dobram pelos esqueletos retidos nos túmulos,
Onde tremulam velas,
Que alumiam olhos com lágrimas que olham,
Querendo enxergar,
O que não se pode enxergar.
Dobram nos caminhos da verdade
Que mostra amor,
Quando os sinos dobram.
(28/10/2008).
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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