Malu Nogueira 18 de novembro de 2008

([email protected])

Meu golinha: teu cantar
É música celestial a ouvir
Da mais simples a mais exigente platéia
Num lamento crescente
Seguindo de ramaria em ramaria.
Numa cantiga continuada,
Que nem a chuva nem o verão
Conseguem fazer cessar.
Pára um pouco, bebe água, descansa.
Deixa que o vento faça eco em teu cantar.
Do nascer ao pôr-do-sol,
Vens com fiel encantamento.
Outras aves te olham com inveja
Por teres o coração exaltado
Não percebes o que provocas.
Vai, segue tua vida cantando,
Porém, lembras de parar.
Fazer um pouso e comer.
Depois continuas a cantar
Num enternecer doido,
Só estancas quando as estrelas
Surgirem acesas e brilhantes.
Descansas com abandono
E ressurges com os raios do sol
A brilhar pela manhã
Para trazer teu cantar,
Num trinado ininterrupto,
Vibrando em serenata.
Em plena amanhecer.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]