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O mês de novembro é dedicado, na tradição da Igreja, à comemoração dos fiéis defuntos. È o mês da saudade, do reconhecimento e das orações por nossos parentes, amigos e benfeitores, que já partiram para a Casa do Pai. O santo rosário de Maria pelas benditas Almas do Purgatório é uma prática cristã e familiar, que devemos conservar e/ou incentivar em nossas famílias.

No dia 5 deste mês, em todas as casas salesianas foi celebrada missa por alma dos benfeitores e membros da Família Salesiana falecidos.
E agora, no dia 25 deste, será também celebrada missa de finados pelos pais falecidos dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora.
E isto porque naquele dia se comemora a entrada na Pátria celestial da Serva de Deus Margarida Occhiena, a nossa Mamãe Margarida de Dom Bosco e de toda a Família Salesiana.

Mulher extraordinária, firme na fé e na coragem ao enfrentar as dificuldades da pobreza, da viuvez e dos contratempos da vida. Mãe de seus dois filhos, do filho do marido viúvo e das centenas de filhos sem mãe que recebeu no Oratório de Dom Bosco em Turim. Educadora na fé e no amor, formando seus filhos no temor de Deus, cheia da sabedoria do Alto, seja no humilde lar dos Becchi como no Oratório de Valdocco. Formadora do caráter e da personalidade de seus filhos e dos filhos do povo, dos filhos sem mãe, para com a razão, a religião e o carinho fazer deles, como queria Dom Bosco, bons cristãos e honestos cidadãos. Foi ela quem criou, entre os primeiros filhos de nosso Pai, o necessário ambiente de família, que só ele educa e prepara com eficiência para a vida.

Sendo o mês de novembro o último do ano litúrgico, é também tempo propício para meditarmos na vida eterna e na proximidade da morte. Quando se fala de morte, algumas pessoas julgam tratar-se de processo de depressão, de pessimismo ou de abatimento. Na verdade, a piedade cristã põe a cada momento diante de nossos olhos a verdade inelutável da morte e da vida para além da morte. Quando rezamos a Ave-Maria, repetimos “agora e na hora de nossa morte”. No Credo, professamos nossa fé na vida eterna. E na Santa Missa, já na absolvição inicial, o sacerdote nos diz: “Deus Todo Poderoso… perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.” Ao colocar no cálice o fragmento da hóstia diz: “Que o Corpo e o Sangue de Cristo… nos sirvam para a vida eterna.” Na sua comunhão, o Padre repete que o Corpo e o Sangue de Cristo o guardem para a vida eterna. E na absolvição sacramental da Penitência e em muitos outros momentos, a liturgia sempre nos lembra a grande verdade da vida eterna. Assim em inúmeras orações populares e jaculatórias, que repetimos ao longo de nosso dia de cristãos.

Diz o salmo 90: “Setenta anos é a vida do homem sobre a terra; oitenta se for vigoroso. Mas passam depressa e a maior parte é ilusão e sofrimento”.
Vamos concluir com a belíssima oração que a sagrada liturgia nos dá no Prefácio III da Eucaristia:

“Senhor, vós quisestes que o vosso Filho, obediente até à morte e morte de cruz, nos precedesse no caminho do retorno a Vós, termo último de toda expectativa humana. E, na Eucaristia, testamento de seu amor, ele se fez alimento e bebida para a nossa viagem rumo à Páscoa eterna.”


Obs: Imagem enviada pelo autor.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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