Edilberto Sena 4 de outubro de 2008


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Hoje, o cronista faz um editorial fora do comum. É dia de São Francisco de Assis e também dia em que o cronista entra definitivamente na idade da sabedoria, ou como agora é politicamente correto dizer, na melhor idade, ou como outros classificam, na idade do condor( por sinal o cronista está com uma bursite danada). Francisco de Assis, descobriu o sentido de sua vida aos 18 anos de uma forma inusitada. Ouviu uma voz no sonho que lhe pedia para consertar uma igreja. Depois de consertar uma capelinha, sentiu que não era só aquilo. Buscou, buscou, achou o caminho e deu no que deu, o homem louco virou santo e que santo!

Nas seis e meia dezenas de anos passados, o cronista tem trilhado caminhos de vida que o tornaram um privilegiado, abrindo-lhe a inteligência para compreender muito do que não é mistério e aceitar com visão critica o que não pode ser desvendado, o mistério. Entre os privilégios do cronista foi ele chegar a se aproximar de São Francisco de Assis. Primeiro, teve o dom de nascer no dia festivo do homem de Assis, depois foi educado numa família que tinha o dom da fé em Deus; este privilégio continuou quando o cronista ainda na adolescência foi seguir as pegadas do homem de Assis e assim conheceu mais intimamente a historia daquele que era Francesco, filho de Pedro Bernadone e se tornou o Francisco de Deus.

Da aproximação entre o cronista e Francisco o primeiro tornou-se o homem que ama intensamente a vida, as pessoas, a ecologia, e o Deus feito homem. Conta a história e a estória, que Francisco tinha variações de humor, hora circunspecto e solitário, ora, brincalhão, mas sempre generoso.

O bom humor constante fez o cronista superar vários momentos difíceis que a vida lhe ofereceu; o dom da comunicação, junto com dom de palhaço (que é uma virtude também franciscana) o fez ser transparente com a vida e com os outros seres humanos; com a fé no Deus libertador e a filiação com seus pais de sangue e a fraternidade com Francisco de Assis,fez o cronista nunca ter ódio de ninguém, por compreender que errar é marca de todo ser humano.

Por isso hoje, aos 66 anos de vida, ele o cronista, consegue juntar o bom humor, o amor às pessoas e o espírito crítico diante da sociedade, seus erros e acertos. Dois pontos Francisco é bem diferente do cronista, um, Francisco viveu muito pouco e de certo modo ele deve ter recebido uma censura de Deus, por mortificar tanto seu irmão corpo; mesmo assim, ele viveu radicalmente o Evangelho e ganhou lugar especial no reino Eterno.

Já o cronista, ama demais a vida aqui na terra e cuida para chegar aos 95 anos, lúcido no corpo, na mente e no espírito; como também, não é ainda tão radical na vivência do Evangelho. Aí, sem pavulagem ele garante que ainda não chega perto do cordão com três nós de Francisco. Por fim, ele por influência de Francisco, ama a Amazônia, seus povos e tudo o que nela contém. Por isso, hoje é um dia especial e ele partilha com você este editorial não comum.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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