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Acordei no meio da noite
e ouvi o teu silêncio sufocado por dores incontroláveis.
O abandono refazia a esperança de contemplar
a aurora dos infelizes e amaldiçoados por Deus
na longínqua manhã por chegar.
Senti-me impotente diante dessa cruz:
como redimi-la?
como ajudar a suportá-la?
como renunciá-la?
como descer antes do momento da lança?
Acordei no meio da noite
e ouvi a tua revolta:
por que “eu”?
até quando suportarei?
Acordei de noite
e percebi a tua fuga desesperada da dor.
(14.08.2008 – Caxias/MA)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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