30 de setembro de 2008
De brinquedo em brinquedo levava a vida quebrada. Sua maior formosura estava na camisa listrada e detestava em vê-la lavada. Calça jeans sem bolsos, viajava sem companhias e sem documentos. Dormia ao relento e se achava. Pedia uns trocados e ganhava. Trabalhar pra quê? Da labuta só conhecia a rima. Aquela que poderia ser sua mãe, desfilava como prenda domesticada. E era feliz, devia ao padeiro ao leiteiro, verdureiro, vendeiro e trambiqueiro. Mania de ser brasileiro.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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