resomar 30 de setembro de 2008

No decorrer da vida somos mergulhados em prolongados questionamentos…
Há sempre riscos em cada confronto, pois a transparência de nossos desejos, sonhos, medos, se revelam à medida que nossos passos perseguem a rota direcionada a uma existência plena, sem o espetáculo da aparência atônita…
Tantos livros abordam temas relacionados aos conflitos existenciais!
Tantas fórmulas tentam ajudar na travessia de margens (des)conhecidas…
Até onde o nosso engajamento será coerente e desprovido de interesses camuflados?

É prioritário definirmos cada palavra para que o silêncio não seja interpretado de acordo com as conveniências de cada um…

Procurar o inédito a fim de atingirmos descobertas fantásticas, nem sempre reflete o estágio reflexivo da consciência…
Há obstáculos persistentes, sentimentos doloridos, paradoxos que nos enlouquecem, mas viver é se dispor a experienciar a ausência de respostas, o vazio que soluça na solidão…
Não há esperança e nem brilho no olhar, na fuga, na recusa…

Alma grande, nos diz Mário de Azevedo, é sempre aquela que fita a luz na amplidão sabendo o valor da vela na hora da escuridão.

Ter coragem de abraçar a dor como condição indispensável na caminhada, revela sabedoria arduamente conquistada em lutas nem sempre vencidas, mas superadas na convivência de revelações e perdas…
O lamento não pode ser um rascunho à parte, mas um desafio ferido ou cicatrizado. O coração é sempre um espaço bem maior do que a penumbra amarga e insana a desviar longos intervalos ou intermináveis recordações…

14.07.2008

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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