Na Grécia Antiga, já há muitos séculos a.C. eram realizados os Jogos Olímpicos de quatro em quatro anos. E esse espaço de tempo passou a ser chamado de OLIMPÍADAS.

As competições eram impulsionadas por nobres ideais de paz, fraternidade, exaltação aos deuses, espírito religioso simbolizado pelo fogo, presente até hoje pela conhecida TOCHA OLÍMPLICA.

Todo o desempenho era realizado solenemente e dedicado a deus Júpiter.
Havia outros jogos gregos, porém, os mais famosos eram os das OLIMPÍADAS.
Estas representavam uma excepcional realidade na mentalidade grega. Pois, para os gregos, a exata cronologia histórica da humanidade era regida pelas OLIMPÍADAS. E assim, havia três épocas na vida do homem:
1ª Da Criação ao dilúvio;
2ª Do dilúvio à 1ª Olimpíada;
3ª Da 1ª OLIMPÍADA até o infinito futuro.

Segundo o ideal olímpico, as pessoas merecedoras das mais dignas homenagens não eram os heróis guerreiros, que matavam o inimigo, mas os vencedores dos jogos, que por sua saúde, disciplina e competição conquistavam o lugar mais alto no pódio.

Eles eram contemplados com coroas de ramos de louro, dádiva da natureza e não com coroas do ouro roubado dos derrotados.
Quando os vencedores eram anunciados, os sacerdotes registravam os nomes deles nos livros públicos e guardados no templo de Júpiter Olímpio, aos cuidados dos sacerdotes durante mil anos.

É verdade que nem os gregos e nenhum outro povo, até nossos dias, concretizaram este ideal olímpico de PAZ UNIVERSAL.
Atualmente, o desejo da fama e, sobretudo, o interesse financeiro, dominam as competições olímpicas, mas de qualquer maneira é uma oportunidade de congraçamento entre os povos e entre os próprios compatriotas.

Os Jogos Olímpicos foram suspensos por mais de 1500 anos e só retomados em 1896, em Atenas, graças a ação de um francês, o Barão Coubertin, que defendeu a idéia de que o importante para o atleta não era vencer, mas competir.
E agora, mais uma vez, iremos vivenciar o XXIX OLIMPÍADA, em Pequim, de 8 a 24 de agosto de 2008.
O mundo inteiro, com certeza, durante esses dias, concentrará a sua atenção e interesse naquelas plagas orientais…

Apesar da preponderância econômica da China e empenho de realizar um grande acontecimento mundial, munindo-se de forte esquema de segurança, estádios grandiosos e bonitos, embelezamento e conforto para os visitantes, pulsa nos corações de muitos um presságio de um sucesso e audiência não tão esperados.

A língua, por exemplo, será a maior muralha para os estrangeiros, acrescida da poluição, escassez de água, excesso de população, recusa da libertação do Tibete que desagradam a muitos países etc etc.

Aguardemos, com entusiasmo e otimismo a grande maratona do Pequim.
Nosso país é detentor de um variado elenco de esportes que poderá elevar bem alto o nosso “VERDE-AMARELO” conquistando medalhas, quem sabe, até de OURO.

Entretanto, a “estrela de primeira grandeza”, a “carteira de identidade” do Brasil é o FUTEBOL. A torcida maior é pra ele.
Enfim, torçamos para que o colorido das bandeiras dos países participantes, num desfraldar tranqüilo e feliz seja visto como uma única e fraternal bandeira, transformada num BRANCO DE PAZ.
Esperamos que os brasileiros obtenham uma brilhante vitória à altura da grandiosidade do nosso BRASIL.

* Autora de Retalhos do Coração.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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