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CONVIDADA ESPECIAL

Muitos significados se têm dado a Educação, num intuito de anunciar pontos de vista de seus autores no espaço e tempo determinados. Em todas as buscas de conceituação, a educação é pensada como um processo, em que o ser humano faz parte, educa-se e se desenvolve num continuum. Isso dar a entender que escolhas precisam ser feitas tanto na esfera pessoal, quanto no âmbito da universidade e sociedade. O projeto de formação do educador está relacionado à visão de homem, mundo e sociedade, que se mostra de fundamental importância para definição de uma trilha para inovação educacional na atualidade via redimensionamento do currículo.

Neste momento, convém acrescentar-se ao debate o que indicam as teorias curriculares tradicionais e críticas, as distinções a seguir expressam o entendimento de França (2004). As Teorias curriculares tradicionais têm o Currículo centrado no: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento e objetivos. Ênfase na estrutura curricular. Perspectivam o como planejar o currículo. Ao se preconizar mudanças curriculares ressaltam as questões técnicas. Os currículos são organizados, restringindo-se a prática docente a aplicação de determinações superiores.

As teorias críticas trazem o Currículo embasado na: ideologia, reprodução cultural e social, poder, classes sociais e libertação, currículo oculto e resistência. Quando se planejam inovações curriculares evidenciam a complexidade dos processos e suas interações. O respeito a cultura escolar é resgatado. O educador assume o papel de ator social sendo agente e interprete da(s) cultura(s).

Estas percepções ajudam a entender que, na elaboração e desenvolvimento curricular precisa-se e prescinde-se do educador. Torna-se possível a clarificação da especificidade da ação docente respaldando-se, também, a exigência de uma formação continuada na área de currículo crítico.

O desenvolvimento curricular na Universidade Pública se traduz como algo que se faz. Não se apresenta de forma inerte. No que diz respeito as teorias críticas do currículo, os argumentos assinalam para o posicionamento epistemológico do professor caminhar na direção da inovação educacional, entretanto, a prática docente na contemporaneidade ainda não rompeu a barreira do campo teórico na totalidade.

No instante em que se discute a relação projeto de formação do educador e currículo, cabe se registrar que desde os primeiros Cursos de Licenciaturas e até os atuais, fatores externos e internos interferem na sua dinâmica. O principal problema dessas propostas curriculares é não se atentar que é na graduação que o formando constrói um modo de agir que vai se expressar no percurso da sua trajetória inicial de atuação profissional, com reflexos nas ações vindouras.

Apesar destas influências a partir dos anos 80 no Brasil o eixo norteador do currículo orienta-se pela construção do conhecimento, que não o considera como produto acabado, mas elegem o processo, a provisoriedade, as relações de saberes.

Nesse processo o trabalhador da educação em formação representa uma ponte entre a Universidade Pública e a Sociedade Brasileira. Ao adotar-se o processo educativo como espaço de investigação e intervenção na realidade, inclui-se validar o efeito da extensão universitária na formação do profissional da educação, especificamente do docente na e para a Educação Básica.

A Universidade de Pernambuco, especificamente o campus de Nazaré da Mata vem refletindo de forma mais intensa a partir dos anos 90 sobre o seu verdadeiro papel, quer à luz dos dispositivos legais e teorias histórico-críticas, quer tendo como referência os interesses majoritários dos formadores, formandos no nível da Educação Superior e os anseios dos sujeitos inseridos no nível da Educação Básica.

A realidade tem se mostrado mais rica e mais dinâmica do que o conhecimento que se tem dela. Neste sentido, precisa-se avançar em estudo-pesquisa e atividade de extensão que possibilitem aos graduandos a atuação como investigadores e partícipes da construção de um projeto de homem, mundo, sociedade voltado para causa do povo, ou seja um planejamento como prática educativa, quando tem-se em destaque o ser humano e não o mercado e o capital.

¹Poderá ter acesso ao artigo completo visitando o site http://socieduca-inter.org, Grupo de trabalho (GT)10, Movimentos Sociais e a Educação. Além de entrar em contato com publicações de outros autores.
Obs: O site encontra-se temporariamente “fora do ar”

² Professora e Pesquisadora da Universidade de Pernambuco – Brasil. Doutoranda em Educação – Área Inovação Pedagógica, Universidade da Madeira, UMa, Portugal.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

FRANÇA, Robson Luiz. O currículo: do tradicional ao pós-crítico. Slides 1.Ufu, 2004.

Obs: Imagem enviada pela autora.

Para ler o artigo na íntegra A DIALOGICIDADE UNIVERSIDADE PÚBLICA E O MST: UMA PRIORIDADE INTRANSFERÍVEL
no nosso blog, acesse os dias 05.07 e 19.07.2008

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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