21 de agosto de 2008
– Um conto de reis por seus pensamentos. – Disse ele vendo-a perdida na imensidão daqueles vagares.
– Penso? – Continuava, como se fizesse parte de um grande vazio.
“Como se fosse possível ficar sem nada pensar, penso na tristeza, nas dificuldades, no dia que chove, no sol tardio de esquentar as madrugadas frias. Nos dias sonolentos. Na lentidão de se resolver um pensamento. Onde esta aquela oportunidade de emprego? É… Falta comida… Vejo a fome nos olhares infantis. E têm pessoas que ainda possuem bebida, diversão e arte. Me dêem um conto por meus pensamentos. Juro nunca mais ficar perdida no vazio de minhas idéias infundas. E quem sabe, com elas consiga alimentar àquela gente de rua”.
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* Bauru/SP
Obs: Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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