Comentário/ editorial no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM)
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OS PRESBÍTEROS são originalmente leigos, depois escolhidos dentre os irmãos e irmãs na fé para se capacitarem a serem líderes do povo de Deus enquanto caminham na vida, como testemunhas legítimas do mestre Jesus.
Assim é a teologia da missão de um padre. Portanto, como disse uma vez o grande teólogo Agostinho: para vocês sou pastor, com vocês, sou irmão na mesma fé e missão.
Muitas pessoas se admiram de quantos anos de estudos leva um jovem para chegar a ser padre. E aí imaginam: deve ser bem preparado… É o que se espera. Mas se o presbítero é o líder, o guia espiritual de seu povo, precisa ele fazer retiro, passar quatro ou cinco dias afastado de seu afazeres se pastor para se por a orar, meditar e até se confessar?
NÃO SÓ precisa como deve. Afinal, como diz São Paulo, o grande apóstolo: “Somos potes de barro, contendo vinho precioso”.
O vinho é a missão de líder da fé do povo, animador da caminhada de libertação de seu povo. Mas, o presbítero é como um pote de barro – muito frágil. Cada paroquiano pode tirar seu próprio vigário. Quantas limitações, quantos defeitos tem ele.
Talvez mais que seus paroquianos, tem ele necessidade de conversão, de meditação para olhar dentro de si e localizar seus defeitos, seus pecados. Feliz do povo que tem um vigário humilde, que admite seus erros e limitações e que se esforça para ser melhor e guiar seu povo.
O RETIRO anual dos presbíteros é essa oportunidade sagrada de eles se olharem no espelho que é Jesus Cristo e no outro espelho que é o povo sob sua liderança. Por isso, todo cristão ou cristã precisa orar por seus presbíteros e, depois ajudá-los no retorno a colocarem em prática o que Deus iluminou em suas consciências.