E a vida, por momentos, freou minha inspiração.
Parei, larguei a pena, cansei a mente.
Um cansaço pleno de inquietudes, de perdas.
Um corpo doído, a alma ferida.
Inspiração zero para as “miudezas”.
No desestímulo, caminhei e nele persisti.
Com as forças fracas, pouco busquei.
Acomodei-me às dores, esqueci o papel
Desprezei a caneta, o lápis e tudo o mais
Esqueci minhas “miudezas”
Permiti-me conscientemente assim caminhar
Largar compromissos, esvaziar a mente
A oração, minha força; Deus, meu guia
A vida, plenamente abandonada Nele
E dias foram e se foram e eu neles e com eles…
Hoje, sinto-me filha pródiga
Que volta entusiasmada, estimulada
Um retorno às “miudezas”
Um mergulhar carinhoso no entrelaços
Um coração que se abre
Que se sente entrelaçado.
09.07.2008