Djanira Silva 10 de julho de 2008

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Amanheci sentido o cheiro do sol, das folhas, das flores, das sementes, do vento correndo na sua doidice mansa, contando histórias, recriando a vida.
Serpentinas de poeira se levantaram do chão em nuvens de cheiros maduros.
Para onde te levou a ventania? Quem trouxe até aqui esta saudade? Sempre sei se ela vem, nunca se vai embora. Ela traz de volta o meu tempo e o cheiro dos meus sonhos.
A tarde parada ameaça escurecer como alguém que se despede da vida.
Como saber que caminho seguiste? E por que sozinho? Não foi para sempre, até que enfim ela nos separou.
Tua imagem descolorida se evapora dentro de mim. Sofrer é perseguir lembranças, procurar imagens onde só existem sombras.
Saudade tem cheiro, tem cor, tem som. Saudade tem dor.

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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