Comentário/ editorial no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM)
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Os povos do chamado 1º mundo dizem estar preocupados com a devastação da floresta amazônica porque prejudica o equilíbrio do clima e do planeta e atingindo toda humanidade; o governo brasileiro se diz preocupado com a devastação da floresta amazônica, pressionado pela critica dos países ricos. No entanto já se calculava que neste ano, poderão ser destruídos mais 20 mil kms quadrados de matas na Amazônia. Uma das razões dessa devastação florestal é que o desejo de lucro das grandes empresas prevalece ao cuidado com o meio ambiente, com o argumento criminoso de que o progresso tem um preço que é pago com a destruição do meio ambiente.

Tome-se hoje um só exemplo. A mineradora, com boa parte do capital lá do 1º mundo, vai destruir mais um pedaço da floresta com castanhais, bacabeiras e outras árvores de lei porque naquele platô há mais uma mina de bauxita. Assim já foi feito com outras platôs daquela região pela empresa. Tudo feito dentro da lei nacional. Como de outras vezes também haverá uma pantomima teatral de audiência pública, com presença do órgão federal responsável pelo meio ambiente, o Ibama.

A comunidade local será convidada a participar do teatro da audiência pública. No final já se pode antecipar, que como das vezes anteriores, será dada a licença ambiental para destruir a floresta porque embaixo está mais uma mina de bauxita e a multinacional precisa dela pois não pode parar. Afinal ela empregou muito capital para trazer o progresso.

Mas, de acordo com a lei ambiental brasileira, uma das mais perfeitas do mundo, a empresa garante que fará o reflorestamento de toda a área destruída e que, como uma empresa preocupada com o meio ambiente, como ressalta em sua propaganda em certos meios de comunicação, ela tem imensos viveiros de mudas de castanheiras e pequiazeiros para destribuir entre os ribeirinhos, caboclos e afro descendentes da região.