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Ele não é apenas um garoto do outro lado da rua,
Ele está a sua espera, ansioso,
Querendo partilhar o seu dia.
O outro lado da rua é a sua companhia solitária, amiga inseparável.
Lugar ideal com vista ampla,
Pois ele lhe espera do outro lado da rua.
Seu olhar percorre o mundo,
Sua espera é uma agonia,
E o outro lado da rua é sua única companheira.
Amiga,
Confidente.
É a rua que percebe sua angústia.
E o vai e vem dos carros é o seu desespero,
Terá que esperar um pouco mais esse alguém especial.
A noite chega,
E o outro lado da rua se torna perigoso.
A casa solitária é o seu porto seguro,
Seu lar.
E ele se recolhe,
Na esperança que alguém abra aquela porta
E lhe dê ao menos um abraço.
Mas o sono é traiçoeiro,
E quase sempre ele não vê você entrar,
Beijar-lhe e ver o quanto cresceu.
Os dias passam e o movimento da vida se repete,
O outro lado da rua será por algum tempo sua companheira fiel por oferecer essa vista e a possibilidade de trazê-los sempre àquele que os ama tanto.

*Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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