Paula Barros 12 de julho de 2008

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Acordou. Foi observar o jardim repleto de flores variadas e árvores frutíferas. Muitas flores coloridas, diversos nomes: sorriso, alegria, abraço, estrela, lua, sol, amizade, sabedoria, criatividade, espontaneidade, inteligência, poesia e muitas outras. As árvores frutíferas estavam cheias de frutos, o aroma no jardim era de harmonia, compreensão, companheirismo, incentivo, amizade. Mas todo dia, logo cedinho, regava primeiro uma planta que crescia espantosamente por causa dos seus intensos cuidados especiais. Dava carinho, atenção, dedicação, olhares admirados, elogios, conversas, era de uma dedicação extremada. Chegou a causar ciúme na flor do amor. Mas, naquela manhã ensolarada de domingo, percebeu que o jardim estava mais bonito, exuberante, extremamente emocionante e só então descobriu que a planta que tanto admirava e cuidava, era uma planta carnívora. A pior espécie existente, aquela que destrói a alma de quem cuida, que corrói a alegria, a espontaneidade, faz crescer a dúvida, a tristeza e a indecisão. Era um fruto amargo, cheio de caroços, com espinhos que faziam sangrar a alma, com um travo inigálavel, um azedume insuportável. Com muito esforço, lutando consigo mesma, arrancou o mal pela raiz. Passou a valorizar ainda mais as flores boas do seu jardim.

25.05.2008

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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