Na trilha do sentimento percebo referenciais, atalhos e o fascínio do cotidiano que desabrocha e reclama valores e discernimentos…
Confusos silêncios desnorteiam nossas indigências. Perplexos, tememos o confronto da necessidade do despojamento de preconceitos…
Antes de conseguirmos desbravar a essência da vida, criamos inumeráveis justificações fragilizadas e descoloridas no avesso da consciência alienada…
Como gerar a nossa identidade na travessia opaca e confusa de nossas relações?
Como enfrentar o desafio de ser na desestabilização de atitudes compromissadas?
Não há fórmulas e nem ciência que nos faça compreender a arte da transformação e da ousadia!
Não há itinerário sem armadilhas e incertezas!
Na memória do tempo a intensidade nos pressiona!
Na liberdade do pensamento as convicções nos embriagam e na aprendizagem amarga da dor, a lágrima sorri simplesmente para que possamos abraçar nossas angústias e questionamentos, desencantos e (in)coerências…
Urgente nos colocarmos permanentemente em luta (des)armada sem medo de romper a beleza artificial, palavras mascaradas, gestos pré- elaborados…
Na vigilância da emoção nos debruçaremos atentos aos sucessivos recuos do coração, mas saberemos enfrentar excessos e carências…
Há um sabor estranho, mas significativo na loucura da autenticidade, ainda que tenhamos de mastigar o cansaço da alma e beber o amargo fel da verdade que liberta os lábios feridos…
11.07.2008