Quem não lê é como quem não vê, não ouve, não pensa, não fala, não vive…
Como é diferente aquele que lê!… Sabe conscientemente mais coisas, pensa melhor, elabora, coordena e compara suas idéias com eficiência, tem mais respaldo para enfrentar a vida, dispõe de maior cabedal para falar, elaborando sábias perguntas e respostas, fundamenta suas opiniões com conhecimentos, aumenta sua compreensão, enriquece seu vocabulário, tem mais chances, é capaz de fazer conclusões acertadas, parecendo que sabe o que vai acontecer, torna-se operário, funcionário e até governante mais aprimorado.
Comparando essas duas situações humanas, concluímos quão imensa é a injustiça de que são vítimas os analfabetos.
Fato este que levou o ilustre senador Cristovam Buarque atuante protagonista da ALFABETIZAÇÃO a sugerir ao governo brasileiro pagar aos analfabetos uma indenização equivalente à destinada aos perseguidores políticos. Estes sofreram torturas físicas e morais, prisões, exílio, desemprego. Aqueles foram e são torturados diariamente com a pobreza, a discriminação e, sobretudo, o desemprego.
O analfabeto não tem direito a quase nada.
Na Suécia, o aluno é pago para estudar, estimulando assim o gosto pelas letras, pois, a sociedade vai precisar do seu trabalho aperfeiçoado, adquirido com certeza, pelo saber.
O analfabeto pode se chamar o câncer social do Brasil e ainda é responsável pelo comprometimento econômico, cultural e humano de nossa Pátria.
A dificuldade da erradicação do nosso analfabetismo não reside apenas na falta de alfabetizadores preparados, capazes e dedicados nem na ausência de recursos, dispondo nosso País de uma invejável renda de R$ 1,6 trilhão.
O grande problema para atrair os analfabetos adultos ao estudo está provado que é a adaptação dos mesmos num ambiente que lhes é totalmente desconhecido.
As limitações da idade dificultam o ajustar-se naquele novo viver, desde o manuseio do lápis até o domínio da visualização dos sinais gráficos, traduzindo-os em letras, palavras, isto é, em leitura, enfim.
Há mais adultos analfabetos do que crianças e jovens.
É que aqueles não foram contemplados com tantas oportunidades como os que se oferecem hoje aos pequeninos e adolescentes.
Não podemos desconhecer as benéficas medidas que os poderes públicos têm adotado em prol de ALFABETIZAÇÃO.
São programas como Brasil Alfabetizado, que se propôs a alfabetizar todos os brasileiros em quatro anos, o BB EDUCAR, implantado pelo Banco do Brasil em convênio com outras entidades e que vem atuando com grande proveito aqui em Caruaru.
Há também instalações de Bibliotecas Públicas nas cidades, como as prometidas pelo Governo do Estado com o Rotary Internacional, em parceria.
O estimulo à leitura é de um valor incomparável e dever de todos os educadores, pais, governantes e todo ser humano.
A Biblioteca deve ser o templo cultural da comunidade.
Todo dia devemos ler um bom livro.
“O BOM LIVRO É AQUELE QUE SE ABRE COM INTERESSE E SE FECHA COM PROVEITO.”
Que A ALFABETIZAÇÃO DE TODOS OS BRASILEIROS SEJA A MAIS JUSTA E ESPERADA REALIDADE VIVENCIADA EM NOSSO PAÍS.
RESGATEMOS NOSSOS ANALFABETOS!…
*autora de Retalhos do Cotidiano