22 de julho de 2008
Faz de mim
a complacência da tua irreverência sarcástica.
Faz de mim
o oráculo de tuas (in)certezas.
Faz de mim
o guardião dos teus mistérios e segredos.
Faz de mim
teu pensamento mais despudorado.
Faz de mim
o último ato do teu sonho-pesadelo.
Faz de mim
aquele momento de embriagues lúcida.
Faz de mim
o concreto dos teus desejos inconfessados.
Faz de mim
a utopia dos sonhos em que permaneces acordada.
Faz de mim
a censura do teu gesto publicamente condenado.
Faz de mim
a sonolência de tuas noites de insônia e inquietação da alma perdida em si mesma.
Faz de mim
parte de tua vida.
Vida espelho de uns.
Vida refletida em muitos mais.
( 03.05.2008 — Carpina/PE)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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