24 de julho de 2008
Morto és,
Morto estás,
Entre velas,
A máscara.
Tua herança
Foi a avidez,
O lucro e a pressa
De construir o nada.
Pesadelos,
Perdas e lucros,
Malfadados sonhos,
Falências enganosas.
O que restou de ti
Entre pastas e papéis,
O suntuoso sofá
O enigma dos filhos.
A esquecida paisagem,
Avenidas iluminadas,
A busca dos anjos da noite,
A camisa manchada de batom.
Morto és,
Morto estás,
Frio como foste,
Qual uma viga de cimento.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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