Comentário/ editorial  no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM)
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Ah! Tão bom seria se o mundo fosse feito de amor, ah! Tão bom seria se a gente não zangasse com ninguém…. Assim começa uma cantiga popular. Um outro verso poderia ser assim – ah! Tão bom seria se todos pensassem no bem de cada um e se cada um pensasse no bem de todos… Mas lamentavelmente a realidade é outra e por isso cada um e todos acabam sofrendo e prejudicando até os que ainda irão nascer no futuro.

Veja só essa história dos igarapés dentro da cidade. Há anos que vêm sendo destruídos. A água, tão preciosa e essencial à vida de todos, vem sendo transformada em lixo, veneno e podridão. E por quê?

Seria interessante se pesquisar o grau de consciência dos que construíram suas casas bem à margem de qualquer um dos igarapés e que fazem dali o esgoto de suas privadas, e local de criação de porcos; seria bom indagar dos donos de serrarias, por que eles acham natural jogar todo o bagaço da madeira dentro do igarapé e por que eles construíram suas serrarias à margem do igarapé.

Também se deveria pesquisar por que o Instituto Sócio Ambiental (ISAN) não age com maior rapidez antes que seja tarde; e por que a prefeitura não transforma logo o ISAN numa secretaria de meio ambiente, com recursos técnicos, financeiros para salvar os igarapés? como também seria importante verificar o por que de a Câmara de Vereadores não ter ainda aprovado a lei de proteção dos igarapés. Sabe-se que o projeto de lei para a criação da lei de proteção dos igarapés está perambulando pelas gavetas dos senhores vereadores sem solução à vista.

Provavelmente o resultado dessa pesquisa irá revelar que, prevalecem a ignorância, o interesse de lucro, a incompetência, a mesquinhez, o desinteressa pelo bem comum e outras atitudes negativas, que explicam por que tanta insensatez de várias partes estão destruindo um bem tão precioso e necessário para a vida, como a água limpa dos igarapés.

Algumas pressões já têm acontecido, de comunidades de bairros, de entidades sociais, do ministério público estadual. Mesmo assim a destruição dos mananciais hídricos da cidade e da região vão se tornando esgotos e focos de doenças tropicais.

Ah! Tão bom seria se o mundo fosse feito de amor… e de respeito pela vida, a sua e a dos outros…

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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