CONVIDADA ESPECIAL

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O presente trabalho insere-se na relação Universidade Pública e Sociedade Brasileira. Surgiu das preocupações profissionais no espaço concreto da Universidade de Pernambuco. Esta idéia foi se corporificando nas discussões a partir dos anos 90 acerca da função social da Universidade e do Currículo na Formação de formadores numa abordagem histórico-crítica.

Perseguindo a perspectiva de minorar os problemas da dívida social no âmbito da Educação como direito para as massas trabalhadoras, na contemporaneidade o processo se encaminha pela ruptura teórico-prática, na tentativa de identificar os pressupostos políticos, ideológicos, éticos, que têm validado, pedagogicamente, nas mais diferentes formas do fazer, propulsoras de interesses quer para manutenção do status quo, quer para transformação da realidade, ou seja, para desregulamentação das relações ou para preferência pela liberdade do ser humano, pelos expropriados dos direitos sociais.

Contribuir para o redimensionamento do currículo exige um repensar sobre a sociedade que se deseja organizar. Pode-se afirmar que a Universidade, próxima aos setores marginalizados da sociedade, deve refletir sobre seu papel. Para tal compromisso é preciso que os diversos segmentos que compõem a Universidade considerem a relação teoria-prática como um processo conjunto, elegendo-se a prática social numa visão de totalidade, sem a pretensão de singularizar a execução da teoria numa prática. O que está em jogo é assumir-se a postura de confronto com o que está instituído, ter-se assim, a capacidade de tornar-se instituinte. O fazer não será, então, uma ação qualquer, mas uma prática social carregada de sentido e significado.

Dessa forma, este trabalho se apresenta em mais um caminho, que pretende anunciar o compromisso social do educador. Traduzindo-se isto mais concretamente pode-se dizer que ao alargar a maneira de se compreender o que se faz possibilita-se caracterizar o seu processo formativo, com base no entendimento de que não basta se exercer o discurso da denúncia, mas se refletir sobre as ações e conseqüências, criando possibilidades de construção de um jeito próprio de produzir o saber acadêmico em consonância com os interesses majoritários da classe trabalhadora.

O texto dividido em duas partes distintas, porém conectadas entre si, aborda a priori sobre a dialogicidade Universidade Pública e Movimento Sem Terra. Em seguida faz-se uma discussão sobre Educação problematizadora e inovação educacional a partir do currículo.
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¹Poderá ter acesso ao artigo completo visitando o site http://socieduca-inter.org, Grupo de trabalho (GT)10 Movimentos Sociais e a Educação. Além de entrar em contato com publicações de outros autores.

²Professora e Pesquisadora da Universidade de Pernambuco – Brasil. Doutoranda em Educação – Área Inovação Pedagógica, Universidade da Madeira, UMa, Portugal.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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