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Foi um grito só, que ecoou pela casa! Estávamos, uns 45 a 50 jovens, reunidos na sede – Jessé – como todo final de semana. Havia chegado da Alemanha um casal que estava fazendo um tour pelo Rio, na nossa Kombi.Encantados com a beleza da cidade, manifestaram desejo de conhecer também o grupo e a casa em que estávamos reunidos.
Recebêramos o aviso da visita há apenas alguns minutos e desandamos a “dar um jeito” nas coisas. Arruma aqui, arrasta ali, limpa a garagem… Célia resolve ensinar em minutos, um canon que aprendera com as beneditinas alemãs com quem estudara.
Imagine!! A pronúncia de cada palavra, copiada como cada um a ouvia, a música que não conhecíamos…Mas nada importava, queríamos dar àquele casal e à religiosa que os acompanhava, a querida Irmã Guehilde, a alegria de ouvir algo em sua própria língua.
Quando um dos jovens que havia ficado de sentinela, do alto da varanda avistou a Kombi, gritou, como combinado:”Os alemães…”
Corremos todos para o pátio e lá os recebemos, ainda meio esbaforidos, enquanto uma das jovens coava um café fresquinho, que eles tanto apreciavam… Conversa vai, conversa vem, a Irmã sempre traduzindo, chegou a hora de cantar algumas músicas nossas… Para o “grand finale”, o canon! Com toda a garra, caprichando na pronúncia, papel na mão, lá fomos nós! Ao fim, palmas, muitas palmas… Realmente, conseguíramos não desafinar e o canto saiu bonito! Depois das palmas, o elogio do casal: “Que belo canon! Em que língua cantaram?” Risos, muitos risos,que se repetem até hoje, quando lembramos do canon dos alemães…

Obs: Imagem enviada pela autora

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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